A Alemanha é um país muito apreciado pelos turistas, graças a suas lindas paisagens, modernos centros urbanos, deliciosa gastronomia e muito mais. Além disso, para os amantes de viagens de trem, existem passeios encantadores a se fazer. Abaixo estão as sete das mais belas rotas de trem na Alemanha.

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1 – Trem de Offenburg para Konstanz (Rota da Floresta Negra)

A Rota da Floresta Negra é muito conhecida, afinal as paisagens são deslumbrantes. A Floresta Negra (Schwarzwald em alemão) é uma cordilheira do sudoeste da Alemanha, atravessada pela linha divisória de águas entre o Oceano Atlântico e o Mar Negro. Sua linha ferroviária percorre 150 km de paisagens memoráveis entre Offenburg e Konstanz, passando por túneis, florestas de pinheiros e árvores de galhos escuros.

Sua aura de mistério se deve à folhagem densa e escura, que inspirou os Irmãos Grimm em suas histórias (como a de João e Maria), assim como a mitologia local, repleta de lobisomens, bruxas e magos. Para os amantes da gastronomia, essa rota é ótima para provar pratos típicos da região durante as paradas (como em Donaueschingen), como o Kalbsrouladen (rocambole de vitela) e o bolo Floresta Negra.

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O Bolo de Floresta Negra, a combinação de bolo de chocolate, cereja e chantilly resulta em um dos bolos mais saborosos do cardápio de aniversários e padarias. Que o bolo é uma delícia todos sabemos, porém poucos conhecem a verdadeira origem dele: a floresta negra realmente existe! No sudoeste da Alemanha, em Baden-Württemberg, encontra-se uma região florestal de cerca de 12 mil km² conhecida como “Floresta Negra”. A paisagem selvagem inspirou contos e carrega em suas raízes centenas de tradições… Uma delas é a da receita do bolo mundialmente conhecido.

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As cores do bolo foram inspirados nos trajes tradicionais das moças solteiras da região durante o século 19, o creme branco remete à cor das mangas dos vestidos e o chocolate e cereja na cor do bollenhut, chapéu típico com bolas vermelhas que indicam o estado civil das jovens. Originalmente o bolo é preparado com Kirsch, um licor tradicional da região.

O bolo foi criado como complemento do tradição e as jovens solteiras serviam eles para seus pretendentes.

Aproveite também para comprar ou simplesmente admirar os tradicionais relógios-cuco da região, ou relaxe em um banho termal em Baden-Baden. Nessa rota panorâmica você viaja nos trens regulares.

2 – Trem de Munique para Füssen (Castelo de Neuschwanstein)

O trecho Munique – Füssen, também conhecido como a Rota Romântica, é procurado por quem quer conhecer o Castelo de Neuschwanstein. Ele é um dos principais cartões-postais da Alemanha, e está localizado entre as cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera. Além disso, toda a rota é repleta de cenários bucólicos, com lindos vilarejos que parecem ter parado no tempo. O Rei Luís II da Baviera foi o idealizador do castelo no século XIX, inspirado pela obra de um grande amigo, o famoso compositor Richard Wagner. Para desenhá-lo, chamou Christian Jank, desenhista de cenários teatrais, ao invés de um arquiteto. Essa escolha já demonstra quais eram as intenções do Rei, e também explica a aparência fantástica que o castelo possui. Porém, o que se iniciou como um belo conto de fadas teve um final trágico e envolto em mistério. O Rei foi declarado insano pela Comissão de Estado em 1886, já próximo da conclusão do castelo, e ali foi aprisionado. Logo depois foi levado para Berg e em junho do mesmo ano foi encontrado morto no Lago Starnberger, junto ao psiquiatra que confirmou sua insanidade. Até hoje não se sabe exatamente o que aconteceu.

A partir de Munique você deve comprar passagem para a estação de Füssen, que custa em média 25,50 euros. Você pode adquirir também o Bayern Ticket, que custa 29 euros para até cinco pessoas viajando juntas ou 20 euros para uma pessoa. A viagem dura em média duas horas. E, se tiver mais tempo disponível, é interessante passar uma noite em Füssen, que tem várias opções de hotéis e restaurantes.

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O castelo é belíssimo, e sua história é muito interessante: o que se iniciou como o sonho do Rei Luís II da Baviera de construir um castelo de conto de fadas, teve um final trágico e envolto em mistério. O Rei foi declarado insano pela Comissão de Estado em 1886, já próximo da conclusão do castelo, e ali foi aprisionado. Logo depois foi levado para Berg e em junho do mesmo ano foi encontrado morto no Lago Starnberger, junto ao psiquiatra que confirmou sua insanidade. Até hoje não se sabe exatamente o que aconteceu.

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Os ingressos podem ser comprados com antecedência e retirados no dia da visita no Ticket Center de Hohenschwangau. Os ingressos custam 12 euros por pessoa; estudantes e idosos pagam 11 euros; crianças e jovens até 18 anos não pagam. É um tour guiado de meia hora, com várias opções de línguas, incluindo o português.

3 – Os Castelos da Alemanha de trem

A Rota dos Castelos da Alemanha pode ser feita de Frankfurt até Bruxelas. Nesse roteiro você embarcará em Frankfurt, em um trem Intercity Express, o trem alemão de alta velocidade. O primeiro destino é Heidelberg (viagem de 50 minutos), onde fica o famoso Castelo de Heidelberg, que no século XVII era considerado a oitava maravilha do mundo.

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De lá o próximo passo é embarcar em um trem local com direção a Mannheim, em uma viagem de 15 minutos. De Mannheim você deve pegar o trem suíço Eurocity com destino a Colônia. Nesse trecho com duração de uma hora e meia, você passará pelos lindos castelos ao longo do Rio Reno: Marksburg, Stahleck e Rheinfels, além do Mosteiro Eberbach, onde foram feitas as filmagens internas de “O Nome da Rosa”, que hoje é uma vinícola. As entradas para esses castelos custam em média 7,50 euros. De Colônia para Bruxelas você viaja no trem de alta velocidade Thalys.

4 – Trem de Munique para Mittenwald

Mittenwald, situada nos Alpes da Baviera, é amada pelos praticantes de esqui. Ela se desenvolveu em grande parte com a ajuda da família Klotz, fabricante de violinos. A empresa foi fundada no final de 1600 e até hoje os violinos Klotz são considerados os melhores da Alemanha. Seu povo tem muito orgulho de sua história, tanto que existe até um museu dedicado a essa atividade, o Geigenbaumuseum, que vale a pena a visita. Nele você irá apreciar centenas de instrumentos, inclusive alguns fabricados pelo próprio fundador da empresa, Mathias Klotz.

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Outra característica marcante de Mittenwald são as pinturas, presentes em muitas fachadas da cidade. Seu nome em alemão é Lüftlmalerei, cuja tradução mais fiel seria “pinturas no ar”. Elas representavam a riqueza dos proprietários dos imóveis na época das pinturas: quanto mais elaboradas, mais rico o proprietário. Os turistas se divertem passeando pelas belas ruas da pitoresca cidade, admirando e tirando fotos dessas pinturas, que são verdadeiras obras de arte.

Para conhecer a encantadora Mittenwald é só embarcar em um trem em Munique e desfrutar das paisagens durante a viagem de uma hora e 50 minutos. O trem passa por paisagens estonteantes: saindo de Munique, a linha ferroviária acompanha as margens do lago Starnberger (onde se afogou o Rei Luís II, que construiu o Castelo de Neuschwanstein, conforme explicamos mais acima). Em seguida, o trem sobe a serra junto ao rio Isar até Mittenwald, localizada no fundo do vale, próxima à fronteira com a Áustria e ao acesso a Innsbruck.

5 – Trem de Trier para Koblenz (Rota do Mosela)

Os amantes de vinho irão adorar esse roteiro, conhecido por suas cidades vinícolas (é a região vinícola mais antiga da Alemanha). São mais de 500 km de curvas pelo rio Mosela, até chegar em Koblenz, onde o Mosela encontra-se com o Reno, ponto chamado de Deutsches Eck. Você irá utilizar os trens regionais da Deutsche Bahn. Muitos aproveitam para esticar e fazer também a Rota Romântica.

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Além da farta oferta de vinho nos muitos vilarejos e cidades históricas ao longo do caminho, aproveite para se deliciar com os pratos típicos, como o Schmalzbrot (pão com pasta de gordura e bacon), o Speckplätzchen (pãezinhos de bacon) e o Zwiebelkuchen (torta de cebola). Você encontra tudo isso em várias Strausswirtschaften, adegas improvisadas muitas vezes nos porões de bonitas propriedades rurais. É uma experiência incrível!

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E além da experiência gastronômica, o viajante também pode se aventurar por castelos medievais, onde é possível se hospedar e participar de festas medievais. Falando em festas, a Rota do Mosela tem muitos eventos interessantes, como festivais do vinho, festivais que revivem a antiguidade, o Happy Mosel, famoso festival de bicicletas, e vários outros. É um roteiro muito rico em cultura e sabores.

6 – Trem de Koblenz para Mainz (Vale do Reno)

Esse trecho é feito pela Rhine Valley Line, que proporciona uma viagem inesquecível pelo Vale do Reno. Indo de Koblenz a Mainz, você irá percorrer os vinhedos alemães com belíssimos castelos surgindo nas paisagens, além de vilarejos que parecem saídos diretamente dos contos de fadas.

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Os trens dessa linha são muito confortáveis, contando com restaurante, serviço de garçom, recreação infantil, ar-condicionado, wi-fi e muitas outras comodidades.

A charmosa cidade de Mainz é conhecida por ser a cidade natal de Gutenberg, o inventor da imprensa. Além dela, há muito o que se conhecer, como a fortaleza de Ehrenbreitstein, em Koblenz, e os castelos de Marksburg, Stahleck, Katz, Maus e Pfalz.

7 – Trem de Berlim para Schöna

Para quem pretende conhecer a efervescente Berlim, um roteiro bacana de trem é ir até o município de Reinhardtsdorf-Schöna, mais conhecido somente como Schöna, que fica na divisa da Alemanha com a República Tcheca, na região da Saxônia. Um passeio recomendado por muitos dos que já exploraram a região da Saxônia é o Saxon Switzerland National Park (Sachsische Schweiz National Park), onde você pode fazer trilhas em meio a paisagens estonteantes, com seus desfiladeiros de arenito. O parque fica a mais ou menos 7 km da estação de trem de Schöna.

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A uma hora de trem de Schöna está Dresden, uma cidade cheia de opções bacanas de passeios, como a fábrica da Volkswagen, os jardins do Zwinger (complexo de edifícios, fontes e jardins barrocos), o Markthalle (mercado do século 19 que hoje abriga restaurantes, cafés e bancas de produtos locais).

Em 1485 a família Albertine Wettin decidiu estabelecer residência em uma cidade banhada pela margem do rio Elba: assim Dresden, localizada no leste da Alemanha, teve seus primeiros dias de destaque. No século 18 a cidade começou a florescer, se tornando um importante centro cultural no país, e ganhando magníficas construções por toda sua região. Nos dias atuais Dresden se concretizou como local referencial para os que buscam cultura. A cidade tem, além de suas construções, uma importante ligação com a música. A quantidade e qualidade dos bens culturais de Dresden são tão grandes que deixam qualquer turista sem palavras.

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Começando pela parte de atrações, Dresden abriga pontos mundialmente famosos, como o Palácio de Zwinger, admirado como ponto alto da arquitetura barroca, a ópera Semperoper, considerada uma das mais belas do mundo, e igreja Frauenkirche, que é uma das mais importantes do Protestantismo. Além dos “três grandes” pontos da cidade, encontram-se o castelo Residenzschloss, que possui a maior câmara de tesouros do mundo, o belo bairro de Blasewitzer Villenviertel, os jardins de Hellerauer Gartenstadt e os dozes museus do acervo de arte Staatliche Kunstsammlungen.

A cidade também é dona da chamada “Sacada da Europa”, que é nada mais que o belíssimo parque de Brühlsche Terrasse, que possuí uma vista magnifica para o Rio Elba. A área do parque também é conhecida por ser cercada de obras arquitetônicas importantes como a Academia de Artes e o Albertinum. Os museus da cidade possuem obras famosas como a Madonna, de Raffael.

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E para os que acham que Dresden vive apenas de suas obras seculares, há muita modernidade na cidade também: famosos arquitetos atuais deixaram sua marca em construções como a Nova Sinagoga, ou o palácio de cristal UFA-Kristallpalast, do famoso arquiteto austríaco Coop Himmelb.

Dresden também se tornou uma das capitais da música na Alemanha. Há mais de 700 anos óperas, orquestras e conjuntos embalam o som da cidade. Durante o ano inteiro a programação cultural local possui festivais com a música clássica, além de festivais internacionais com outros diferentes estilos, como o jazz – Dresden cedia o maior evento do estilo da Europa, o Festival Internacional Dixieland.

A cidade também é dona da mais antiga feira de natal da Alemanha. Documentos mencionam o acontecimento pela primeira vez em 1434. Até hoje a feira é uma das mais belas do país: luzes, cores e aromas encantam os visitantes de dezembro. Neste mês é possível se deliciar com biscoitos típicos, vinho quente e o tradicional bolo Striezel. Dresden é de fato uma cidade impressionante, que leva cultura em seu sobrenome, e vale a pena visitar.

Aproveite essa dica maravilhosa e se inspire para suas próximas férias!

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